“...E SERÁS SALVO, TU E A TUA CASA...”

por Paulo Eduardo Gomes Vieira, pastor presidente da Primeira Igreja Batista de São Paulo
Publicado em 31/10/2021

Tais palavras ditas por Paulo, o apóstolo, obviamente não devem ser compreendidas como uma afirmação de que, em se tornando ele um cristão, automaticamente toda a sua família seria cristã. Sabemos muito bem que a experiência pessoal com Jesus é essencial para que alguém seja de fato um verdadeiro cristão. Não é coisa transferível hereditariamente.

No entanto, estas palavras prepõem-nos sim, que através de nosso convívio com os nossos em nossa casa, estejamos transmitindo aquilo que o evangelho fez e tem feito em nossas vidas. Esta afirmação do apóstolo adverte-nos para o fato de que a nossa casa deve ser o espaço onde, de modo muito intenso e contagiante, demonstremos aos nossos o quanto a presença de Cristo em nossas vidas é transformadora e abençoadora.

Sim, é no convívio, no nosso modo de ser, na maneira como lidamos com as pessoas, e principalmente com aquelas que fazem parte do nosso cotidiano e com as quais os nossos enlaces afetivos são mais estreitos e densos, que devemos evidenciar que a presença do Senhor Jesus em nós faz a diferença.

Francisco de Assis disse: “prega sempre o evangelho, e se preciso for, use as palavras”. Ou seja, conviva com as pessoas, relacione-se com o mundo de tal modo que em seu dia a dia, em sua rotina de vida, os que lidam com você sejam irresistivelmente afetados pela maravilhosa presença de Cristo em sua vida.

O grande problema é que ao nos sentirmos desafiados a pregar o evangelho do Senhor Jesus, muitas vezes cometemos o sério equivoco de sermos anunciadores de algo que tem pouca ou nenhuma repercussão em nosso próprio viver. É fundamental cuidarmos para que, apesar de sermos cristãos declarados, não cometermos a falta de no nosso convívio familiar, afastarmos a nossa casa de Cristo.

Se somos cristãos, que o nosso viver evidencie isto. Se amamos a Jesus e afirmamos que ele mudou nossas vidas, então que isto seja notório aos que fazem parte da nossa intimidade familiar. Se afirmamos que Cristo é maravilhoso, que o nosso cônjuge e os nossos filhos sejam os primeiros a concluir que é maravilhoso conviver com os que seguem a Cristo. Se anunciamos que a presença de Jesus em nós é a maior bênção que recebemos, então que a nossa casa se sinta abençoada por nós.

Faça disto uma meta, uma obstinação em sua vida, ou seja, que convivendo intensamente com você, a sua família, o seu cônjuge, e de modo especial os seus filhos concluam: é muito bom viver com quem segue a Jesus.

Compartilhe em suas redes sociais