por Paulo Eduardo Gomes Vieira, pastor presidente da Primeira Igreja Batista de São Paulo
Publicado em 11/11/2021
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, no partir do pão e nas orações...louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo”. Atos 2:42 e 47
Tendo como base o texto acima, podemos afirmar que o culto cristão se constitui do encontro de pessoas com Deus, a fim de adorá-lo e reconhecer a sua grandeza e santidade, e de pessoas com pessoas, a fim de exercitarem comunhão sincera umas com as outras. Mais do que templos, mais do que liturgias planejadas, mais do que músicas bem elaboradas, o culto ao Senhor tem como essência, a comunhão dos crentes com Deus e a comunhão dos crentes uns com os outros. Se estes dois fatores forem falhos, deficientes, ainda que todo o restante seja exemplar, o culto ao Senhor Jesus será substancialmente esvaziado de significado perante os céus.
Devemos reconhecer o imenso valor que tiveram aqueles que, motivados por contundente compromisso com o reino de Deus, deram muito de si para que hoje a nossa igreja desfrute de um templo maravilhoso como o que temos. Devemos também reconhecer o imenso valor de talentos musicais, que se colocando a serviço do reino dos céus, contribuem grandemente para o enriquecimento dos cultos que prestamos ao Senhor. No entanto, mesmo tendo um templo maravilhoso como o que temos, se os nossos cultos não forem marcados por uma fervorosa comunhão com o Espírito de Deus, assim como por uma intensa comunhão entre os irmãos, ele valerá muito pouco.
A igreja de Cristo é perfeita em sua adoração comunitária? A resposta verdadeira só poder ser um sonoro não! No entanto, numa igreja saudável, devem existir muito mais aproximações sinceras de uns para com os outros do que distanciamento; muito mais reconciliações do que ressentimentos; muito mais restaurações de relacionamentos do que conservação de rancores e mágoas; muito mais compreensão das limitações uns dos outros do que rigor legalista no lidar com as falhas e deficiências alheias.
Se assim for com a igreja do Senhor, mesmo não sendo perfeita, ela será revestida de poder e autoridade espirituais. Será promotora de saúde e revigoramento nas vidas dos que nela congregam. A sua ambiência propiciará conforto, restauração, alegria, paz, e, sobretudo, a sensação da inigualável presença do Espírito Santo em seu meio aos que a ela se achegam. Que assim seja entre nós!