JESUS E MARTA

por Paulo Eduardo Gomes Vieira, pastor presidente da Primeira Igreja Batista de São Paulo

Jesus estava na casa de Marta, Maria e Lázaro. Eles eram três irmãos, que moravam numa pequena cidade chamada Betânia, e eram grandes amigos de Jesus. Marta, agitadíssima, providenciava o que precisava ser providenciado. Maria, assentou-se aos pés de Jesus para aprender o que ele transmitia.

Normalmente compara-se Marta e Maria. Marta muito preocupada em fazer, Maria muito preocupada em aprender. Quero comparar Marta com Jesus. Marta muito preocupada em fazer, Jesus muito zeloso com o ensinar, com o transmitir.

Realizar, produzir são palavras de ordem em nosso mundo pós-moderno. As pessoas tem que realizar, tem que produzir. A necessidade de fazer acontecer, de mostrar resultados deixou de ser uma necessidade natural para se tornar uma ditadura. A concorrência, a competitividade modelam o comportamento de milhões e milhões de pessoas. Os prazos, as metas, os múltiplos compromissos, impõe-nos uma preocupação quase que exclusiva sobre a necessidade de FAZER. O homem pós-moderno, como é classificado o nosso tempo, é pouco ou nada preocupado com o ser. Há em nossa cultura uma “neurose” social estabelecida pela necessidade de fazer acontecer.

Há um fato importantíssimo: aquilo que nós somos é o que transmitimos. Aquilo que é o nosso SER comumente transmite mais do que a nossa capacidade de FAZER. Inevitavelmente, “transpiramos” aquilo que é a constituição do nosso ser.

Não estou contestando a necessidade de você produzir. Não estou argumentando que não é importante realizar. A pergunta aqui é: enquanto realiza, o que você tem transmitido para as pessoas? Enquanto produz, o que você tem compartilhado com os que estão bem próximos de você? Enquanto empenha-se para alcançar as metas que te são estabelecidas, o que você tem significado para quem convive com você? Buscando desempenhar aquilo que a sua função ou cargo solicita, como as pessoas para os que trabalham com você te veem?

Enquanto Marta, conduzida por sua obsessão pelo fazer, chamava a atenção da sua irmã, sendo até meio ríspida com Jesus, ele, Jesus, ensinava, compartilhava benção, transmitia graça e bondade.

“Poucas pessoas em cada geração estão preparadas para entrar na sociedade com a intenção de curar, reformar ou instruir”. Eugene Peterson. Eis aí uma grande verdade.

Encerro te perguntando: que você tem transmitido para as pessoas enquanto realiza? O que você tem compartilhado com outros enquanto faz acontecer?

Que o exemplo de Jesus, o Filho de Deus, seja inspirador para a sua vida!

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